quinta-feira, 11 de outubro de 2007

5 anos...

Lembro de muitas coisas da minha infância, principalmente daquela época até os sete anos, antes de entrar no colégio. Mas essas lembranças todas têm uma peculiaridade: sempre penso que eu tinha 5 anos. Todas as minhas histórias de criança(dos 2 aos 6 anos) começam com "quando eu tinha uns 5 anos..." Meus 5 anos foram o auge da minha criatividade. Eu pensava em coisas que até hoje me surpreendo. E não contava pra ninguém porque sabia que não iam me entender(adultos nunca entendem nada mesmo). Hoje estava lembrando muito disso.
Hoje é dia 10 de outubro de 2007, dia do aniversário de 5 anos do Yan. Essa

pessoa pequena aí do lado!
Fiquei sabendo que eu ia ser Dinda dele quando ele ainda morava na barriga da Paty e parecia ser só mais um bebê fofo na família. Mas não foi! Começou quando eu fui ver ele no hospital: ele era tão lindo! Recém-nascidos não são bonitos, mas o Yan era. Ele era todo diferente, e isso não mudava com o tempo, só aumentava.
Então, fiquei diferente com ele. Passei a compreender como era fácil chorar de felicidade e se emocionar com um sorriso; como é simples ser feliz. Se algumas coisas não iam muito bem e eu não podia ver meu lindinho, ficava no quarto vendo fotos dele e ouvindo a primeira música que cantei pra ele dormir. Essa criaturinha me ensinou a amar de verdade, a amar pelo simples fato de existir, a ser feliz só por saber que ele está ali.
E hoje ele faz 5 anos... E eu não sei o que se passa naquela cabecinha... Porque talvez não tenha mais idade pra compreender quem realmente sabe das coisas. E ele sabe. Ele sabe a hora que eu preciso dele, ele sabe sentir o que as pessoas estão sentindo.

Amanhã é a festa de aniversário dele. E eu vou comemorar meus 5 anos também. Porque o Yan é uma parte da minha vida, todo mundo sabe disso, não tem pessoa que me conheça que já não tenha ouvido uma história sobre ele. Aquela carinha linda vai estar lá, brincando, tirando fotos e assoprando a velinha. E vai ter um momento(ou vários) que eu vou olhar pra ele com vontade de chorar, com vontade de pegar ele no colo e agradecer por ter me ensinado a viver, por existir na minha vida, por me mostrar um mundo lindo que há tanto tempo eu tinha esquecido...



"Quero aprender com teu pequeno grande coração, meu amor, meu amor!"