sexta-feira, 30 de julho de 2010

O som não vai embora...

Meu primeiro show foi aos 15 anos. A Larissa me levou para ver Titãs (acho que no Gigantinho). O problema, ou a solução, é que eram 3 ou 4 bandas e dentre elas estavam os Acústicos e Valvulados. E foi amor à prmeira vista. Ou melhor, à primeira escuta, já que eu não via muita coisa da distância em que estava com meus quase 2 graus de miopia.
Não vou contar toda história aqui. Precisaria de alguns dias para isso... Só citei o início porque foi embalada pelas incríveis histórias sonoras feitas em sua maioria pelo Paulo James (coisa estranha chamá-lo assim!) que descobri muito do meu mundo. Inclusive que ele é meu. Como diz a música que o próprio amigo sugeriu.

Adoro viajar. E adoro ir em shows. Nunca deixei de gostar disso. E no tempo em que eu ia sozinha onde eles estivessem, ia cantando...




O tempo passa, a vida muda. Algumas coisas ficam, outras vão, e voltam. Agora já tenho quem seja cúmplice das minhas indiadas. E já rolam algumas variações para quando os gurizes estiverem fazendo shows muito longe daqui. Mas só porque teve uma música para embalar a viagem também...





Agora vou embora, porque o ônibus sai cedo hoje!

Abraços!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O tempo

Você precisou parar para pensar
No momento em que eu nem pensava em parar
Foi difícil para mim.
Mas agora, passou.
Sinto informar que já não sinto nada
E se sobrou algo
Tornou-se um daqueles objetos que de tão bem guardados
a gente até pensa que perdeu.

Lamento.
Foi uma história linda.
Mas eu me amo demais
para me perder de novo no mesmo abraço
que um dia me faltou.

Ainda moro no mesmo lugar.
Mas agora estou em paz.
E não posso oferecer mais que um ombro amigo
para consolar a minha ausência em ti.




http://www.4shared.com/audio/4iUPR1ix/acusticosevalvulados-acusticos.htm

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Impessoal

Dormir.
Acordar.
Ir.

     O dia. A rua. O barulho. A chuva. O telefone, a hora, o amigo. A ideia. O sol, a nuvem. O recado: a dúvida.
     A tarde. O passado. A dor. O medo. A curiosidade. O ciúme. A história. O sentimento. A saudade. O momento. A espera. O consolo, a conversa. O caminho, a imaginação. O tempo.
     O chamado, a visita. O apartamento, a bebida, o rádio, as amigas, o cigarro (a solidão), o gelo (a depressão). O cd. A vontade. O sofá. A tristeza. O perfume, a esperança. O anel, a promessa. O sonho. A viagem. O nome. A mudança. O desejo. A novidade. O choro. A maquiagem. O disfarce. A cidade.
     A lua. O ano. A lembrança. O lugar. (A flor, o carro, a frase, o jeito, a desculpa, o defeito) A confiança. O pedido. A calçada. O bar. A porta. O segundo andar. A entrada. Os conhecidos. A janela. O descaso. A intriga. O outro. A intenção. O diálogo. A circunstância. O cuidado. A distância. O afago. A roupa. Os sapatos. A cadeira. O cansaço. A palavra. O assunto. A insegurança. O desvio. A busca. O equilíbrio. A música. Os estranhos. A vergonha. O imprevisto. As pessoas. O perigo. A despedida. O fim. A tentativa. O sim.
     O olhar. A boca. O beijo. A voz. O cheiro. A pele. O abraço. As mãos. O corpo. A noite. O sentido. A razão. O suor. A casa. Os móveis. A sala. O vento. A luz. O som. A sensação.

Voltar.
Dormir.
Acordar.






Do meu baú, texto feito em 11/02/2006. No meu melhor estilo impessoal de contar histórias pessoais.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sentimental

Infeliz hábito meu de sempre cultivar um pouco de amor por todo mundo que já amei. Não interessa por quanto tempo e nem de que jeito foi. Não interessa como foi e muito menos como deixou de ser. Eu conservo uma saudade, meio alegre, meio nostálgica, que me faz chorar sorrindo.

E o cara do outro lado do rádio, mesmo sem me ver há tanto tempo, continua escolhendo as músicas certas para mim...

Acho que eu ouviria cantar para mim a primeira que tocou...



("Peço que não me mate dentro de ti")




E acho que eu cantaria a segunda...



("Eu fico à vontade com a tua ausência, eu já me acostumei a esquecer")



Os velhos hábitos voltaram, mas não para a mesma pessoa.
Graças a Deus!

Já sou um animal sentimental com um pouco mais de maturidade e confiança.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Conclusões

É muito estranho dar um abraço vazio. Saber que o que era tudo tormou-se nada. Os amigos ficariam felizes em saber: provavelmente é o melhor para mim. É isso que todos buscam para terem serenidade, quebrar os vínculos afetivos que sobrevivem ao fim. Mas confesso que fiquei meio decepcionada com o meu recuperado e forte coração. Nenhuma tremidinha de perna por lembrar do passado, nenhum contrangimento no olhar, nenhuma palavra gaguejada, nada.

Observando isso, comecei a ver que era mais fácil do que eu imaginei. Um fim natural, eu diria. E agora me reconheço.




Minha felicidade solitária é tão profundamente verdadeira que me assusta.  E surpreende-me também que eu faça exatamente o que eu digo e o que sempre defendi, sem me abalar pelo momento.

Acho que nunca me senti tão completa, tão verdadeira como agora. Estou extremamente feliz vivendo comigo, sou a pessoa que sempre procurei. Desculpem-me os românticos (como eu), mas não sei cultivar tristeza por muito tempo. Não sou adepta do sofrimento. Choro tudo de uma vez só para poder logo começar a rir. Estar feliz é uma necessidade. A vida é boa - pelo menos a minha é!

Amo meus amigos, minha família, minhas festas, minhas manias. Amo minhas histórias malucas que demoro para acreditar que acontecem. Amo meus amores inventados. Às vezes, até penso que eles poderiam ser um sonho um pouco menos real. Mas desisto disso, porque a minha realidade precisa ser assim, inimaginável, quase impossível.

Gosto de ser amiga de ex-namorado e namorada de ex-amigo. Gosto de conhecer gente nova todo dia, de preservar os velhos amigos, de cultivar as antigas paixões. Gosto de coisas que muita gente gosta, mas eu preciso gostar muito, com o corpo inteiro. Não existe meio termo para o que eu sinto, amo ou odeio. Geralmente, amo.

Meu grande medo quando mais nova era não ter histórias para contar. Superei, porque tenho várias: muitas e boas. Histórias que podem ser contadas e cantadas. Pra viver e reviver a hora que eu quiser.

Não posso me culpar por ser feliz. Tudo dura o que deve durar. Aprendi com todos os acertos e com todas as bobagens que já fiz. Não me arrependo nunca de viver. Só quero aproveitar o melhor de mim em cada fase, com o mesmo lema de sempre: Carpe Diem!

E agradeço por todos que por mim passaram, porque só quando alguém nos faz chorar reconhecemos a importância de quem nos faz sorrir.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Verde e Amarelo

A Holanda me fez amar o Brasil. Ou fez apenas com que eu reconhecesse esse amor. Não adianta evitar, sou apaixonada por futebol e fanática por Copa do Mundo, essa é a verdade. E na hora do medo eu vejo o quanto me importo com a Seleção. Por mais que nós, gaúchos, sejamos naturalmente um pouco indiferentes ao Brasil, não tenho como não me abalar. E sendo bem bairrista, como também é de nossa natureza, só queria que a Seleção do primeiro tempo fosse o Inter, pra matar o jogo nos primeiros 20 minutos, com goleada de quem tem vantagem; e queria que a Seleção do segundo tempo fosse o Grêmio, pra fazer o impossível aos 45 minutos finais. Mas não deu! Eles não tiveram paixão nem raça. Posso estar equivocada, mas não vi amor na vantagem nem no desespero.

As ruas ainda estavam vazias quando saí de casa e a lentidão do ônibus parecia ser um cortejo fúnebre. Sou capaz de arriscar que nenhuma notícia me deixaria feliz naquele momento. Precisava destes momentos de tristeza e decepção. Não, o Brasil não precisa ganhar sempre, mas dessa vez precisava. Era um desejo dos torcedores, dos estudantes e profissionais de comunicação, das mídias esmagadas pela Globo e de todas as pessoas que conseguiram enxergar o que acontece com quem coloca esta emissora no seu devido lugar.

Mais do que a Seleção, o Dunga precisava ter ganho essa Copa. Ele merecia ter finalizado seu excelente trabalho como técnico com este título, com a taça erguida pelas mãos do competente e esforçado Lúcio.
Não ganhamos, não há o que fazer quanto à Copa. O que pode ser mantido, é o alerta sobre a manipulação e domínio da Rede Globo, sua atitude ofensiva de não aceitar ser apenas o que é: um veículo de imprensa como todos os outros. De repente, em 2014, conseguimos ser melhores no futebol, mas espero que o principal seja mantido, o profissionalismo e a seriedade de Dunga é um exemplo a ser seguido.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

(...)

Só preciso saber de onde posso tirar o tempo que preciso ter. E depois que encontrar todo esse tempo, achar mais coisas pra fazer.